quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Bandidos armados invadem casa lotérica, fazem vinte reféns e se entregam seis horas depois

O que poderia ser uma quinta-feira comum para a maioria dos acreanos que transitam  no centro de Rio Branco, acabou se tornando um pesadelo que acontece corriqueiramente nas grandes metrópoles do país, digno das grandes produções de Hollywood. A violência mais uma vez foi a protagonista do caos instaurado no Acre.
Uma dupla de assaltantes  invadiu uma casa lotérica localizada no cruzamento das ruas Marechal Deodoro e Rui Barbosa, no coração da cidade, próximo ao Estádio José de Melo. Ao anunciar o assalto, os bandidos esperavam dominar a situação e sair rápido do local. Não foi o que aconteceu. Em questão de minutos eles foram cercados pela Polícia Militar. Ao perder o controle da situação, o grupo resolveu fazer as pessoas que estavam dentro da lotérica de reféns.  As portas do estabelecimento foram fechadas e a partir dai deu inicio uma negociação que durou quase sete horas.
Assalto_criminoso_ficha_NOVOMoisés do Nascimento Santos, 22 anos, apontado como líder da quadrilha, estava com mandado de prisão em aberto há 13 dias. A prisão dele foi decretada pela juíza da Vara de Execuções Penais Luana Campos. Condenado a 4 anos e dois meses de cadeia por tráfico de drogas, desde agosto deste ano o assaltante cumpria pena no regime semiaberto. O outro comparsa, identificado pelo nome de Antônio, conhecido pelo apelido de “Dunga” é morado do Papoco e tem passagem pela policia pelo crime de furto. A informação que existia uma mulher envolvida no assalto era falsa.
Após muita conversa e intenção da PM, os bandidos resolveram se entregar.  A ação foi acompanhada pela imprensa, representantes dos direitos humanos e familiares.
Era 16h20 quando as últimas pessoas que ficaram na mira de uma pistola foram liberadas. Após intensa negociação, os assaltantes entregaram a arma e foram levados em uma viatura do Bope para a Delegacia de Flagrantes, em Rio Branco.
O comandante da Policia Militar, Cel. Anastácio, concedeu entrevista após o desfecho do assalto. Ele ressaltou os direitos dos assaltantes e a liberação das vitimas sem nenhum incidente mais grave.  “O Estado vai ajudar as vitimas da melhor maneira possível”, disse .
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Centro da capital foi esvaziado
Com o inicio das negociações, o comando da Polícia Militar e o Departamento Estadual de Transito do Estado resolveram isolar as imediações. O prédio do Ministério Público e as lojas próximas do local do assalto foram evacuados.  O tráfego do transito foi totalmente transferido para a quarta ponte.
Comandante na Negociação
O comandante da Polícia Militar do Acre, coronel José Anastácio, estava no local e acompanhou as negociações. Ele informou que os assaltantes exigiam colete à prova de balas e um carro para fugirem.
A polícia entregou aos assaltantes os coletes. Familiares do grupo chegaram ao local tentando negociar a rendição deles junto a policia.
Grupo passou trote para despistar a polícia
De dentro da lotérica, o grupo se apropriou dos telefones celulares dos reféns e efetuavam ligações para o CIOSP informando assaltos em lugares espalhados pela cidade. A tática era para espalhar o efetivo da policia que naquele momento estava totalmente concentrado na operação para libertar os reféns e prender os assaltantes.
Passados mais de 4 horas de negociações, os bandidos soltaram gradativamente vários reféns. A policia não tinha um número de quantas pessoas estavam a mercê dos bandidos no interior da lotérica. Informações de pessoas que foram libertadas informavam cerca de 20 pessoas. Dos reféns, segundo fontes de ac24horas, pelo menos dois eram policiais.
As pessoas que iam sendo libertadas foram conduzidos para uma sala no prédio ao lado da Casa Lotérica, onde o serviço de inteligência da PM coleta informações. Paramédicos também estão à disposição dos reféns. As informações ainda são desencontradas.
Atiradores de Elite foram acionados
No inicio da tarde, um vários atiradores de elite foram espalhados pelos prédios, nas proximidades da lotérica Boa Sorte. Um deles foi visto por ac24horas na cobertura do banco Santander, em frente ao local do assalto. O atirador aponta a arma para a lotérica. Um  outro policial civil foi fotografado pelo repórter Eduardo Duarte, da equipe do G-1.
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O Estrelão apareceu
Até o o Helicopetero João Donato, o famoso Estrelão, deu o ar da graça na operação para libertar os reféns.  A aeronave pousou em frente ao Terminal Urbano, distante cerca de 500 metros do local do assalto. “O assaltantes exigiram que não queriam o helicóptero no ar”, disse um policial que atendeu a ocorrência.
FONTE.ac24horas.com

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