segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Candidatos denunciam suposta fraude no concurso da PM do Acre


Grupo foi ao Ministério Público denunciar supostas irregularidades no exame psicotécnico do processo seletivo.
Gleydison Meireles, da Agência ContilNet
Os candidatos questionaram também o edital do concurso, que trazia a informação de que na avaliação psicológica não caberia recurso/Fotos: Gleydison Meireles
Os candidatos questionaram também o edital do concurso, que trazia a informação de que na avaliação psicológica não caberia recurso/Fotos: Gleydison Meireles
Pelo menos dez candidatos que participaram do concurso da Polícia Militar do Estado do Acre estiveram na manhã desta segunda-feira (10) no Ministério Público Estadual para formalizar denúncia sobre supostas irregularidades no processo seletivo para o cargo de Aluno Soldado Combatente.

O certame ficou sob a responsabilidade da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), empresa contratada para realização das provas.



De acordo com os denunciantes, o exame psicotécnico foi realizado em dois turnos, pela manhã e tarde, e os candidatos do turno vespertino teriam sido beneficiados, já que as questões eram as mesmas do exame realizado pela manhã.



Os candidatos questionaram também o edital do concurso, que trazia a informação de que na avaliação psicológica não caberia recurso.

O cabo do Exército Brasileiro, Messias Brito de Amorim, é um dos candidatos que se sentiu prejudicado com a forma de avaliação aplicada pela Funcab.



Amorim, que já passou por um rigoroso processo seletivo, inclusive com avaliação psicológica, quando ingressou nas Forças Armadas, questiona o resultado do teste.



“Como pode uma instituição cometer um erro deste? Realizar teste em dois períodos com as mesmas questões, só mudando a sequência das perguntas! Sou cabo do Exército e quando ingressei nas Forças Armadas passei por rigorosos testes, entre os quais, a avaliação psicológica. Sou habilitado ao uso de armamento e tenho uma ficha limpa, nada que questione meu comportamento ou que ponha em suspeição o meu psicológico, mesmo assim não estou apto a ingressar na Polícia Militar do Acre. Isso é muito estranho”, diz Amorim.



O estudante universitário Jarlson Araújo também demonstrou insatisfação com a forma com que foi realizado o teste. Ele procurou três psicólogos a fim de realizar uma avaliação paralela à realizada pela Funcab, mas não conseguiu.



Segundo ele, os profissionais se negaram a realizar o exame por serem funcionários do Estado.



“Procurei três psicólogos para ter uma avaliação profissional de profissionais que não estivessem ligados ao processo seletivo, mas não obtive êxito. Os psicólogos que entrei em contato não quiseram me atender e teve aquele que disse que esta denúncia não daria em nada. Tenho certeza que isso aconteceu por eles serem funcionários públicos”, afirmou o estudante.

Após formalizarem denúncia, os candidatos foram informados que apenas na próxima segunda-feira (17) é que terão uma resposta do Ministério Público quanto ao caso.



A Funcab, organizadora do concurso, ainda não se pronunciou sobre as denúncias. A reportagem procurou a Secretaria de Gestão Administrativa (SGA), e foi informada, através da assessoria de imprensa, que as avaliações do concurso da PM estão em fase de conclusão, mas que após a divulgação da lista preliminar dos aprovados, será aberto um prazo para recursos dos candidatos que se sentiram prejudicados.
FORTE..contilnetnoticias

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