quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Luiz Calixto diz que oposição “pisou na bola” ao negociar com governo para evitar investigação

Não terá pedido de cassação do mandato do deputado Major Rocha (PSDB), como prometeu o deputado Ney Amorim (PT). Também não será instalada a CPI dos Grampos na Assembleia Legislativa, como defendeu a oposição. Segundo o ex-deputado Luiz Calixto, candidato a vice-prefeito da coligação Muda Rio Branco, o acordo já era previsível. “Escrevi afirmando que apostava “cem e uma coca¨” como nenhum deputado governista teria tutano para pedir a cassação do deputado Major Rocha. Conhecendo um pouco das manhas as manhas daquele Poder, afirmei sem medo de errar”, comentou Calixto, em seu blog, nesta quarta-feira (15).
A interferência do governador Sebastião Viana (PT) aliada à colaboração da oposição foi determinante para evitar a investigação que mostraria a verdade sobre denúncias de arapongagem no Governo com a utilização do Guardião, aparelho que grava ligações telefônicas. A CPI abortada também investigaria denúncias de espionagem clandestina contra membros do PSDB.
Para Luiz Calixto, como o acordo já era esperado, tudo não passou de teatro. Segundo ele, o presidente do PT, Leonardo de Brito, chegou a afirmar nos jornais que o partido apoiava a investigação. Na Casa, nenhum parlamentar petista se manifestou contra a CPI quando a decisão de abortar a investigação foi anunciada. Para o ex-deputado oposicionista, a oposição errou ao recuar. “Com a pizza pronta e as fatias servidas a oposição na Assembleia Legislativa deverá reconhecer que pisou feio na bola ao negociar com o governo”, disse.
Calixto lembra que “o motivo da investigação foi a grave afirmação do governador que as conversas eram grampeadas e que o PSDB também tinha seu gardiãozinho”, e acrescenta que “ (…) depois dessa patuscada ninguém poderá tirar o povo de duvidar se o governador também não estaria falando a verdade. O certo é que o pânico de falar ao telefone espalhou-se”, finaliza.
Da redação de ac24horas
Rio Branco-Ac

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