terça-feira, 19 de novembro de 2013

Polícia e MP investigam caso de comida com vermes em Hospital das Clínicas do Acre

o secretários Emylson Farias (Polícia Civil) e Suely Melo (Saúde) anunciaram nesta segunda-feira (18), durante entrevista coletiva no gabinete do governador do Acre, Tião Viana (PT), que já abriram inquérito policial e sindicância administrativa para apurar a denúncia da presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados, Berenice Sales da Silva, segundo a qual o Hospital das Clínicas do Acre serviu marmitas com larvas, vermes ou tapurus aos pacientes de hemodiálise, no jantar de sexta-feira (15).
O Ministério Público do Estado do Acre também já decidiu que vai apurar o caso de comida estragada servida a pacientes do Hospital das Clínicas. Segundo a promotora de Defesa da Saúde em exercício, Nicole Arnoldi, se houver veracidade nos fatos noticiados e na procedência deles, o caso pode resultar em instauração de inquérito civil.
O diretor do Hospital das Clínicas, Carlos Eduardo, e a nutricionista Eliane Frari, chefe do Serviço de Nutrição Dietética, também prestaram esclarecimentos sobre o caso, divulgado no Blog da Amazônia e nos sites AC 24 Horas e Ecos da Notícia.
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A direção do hospital voltou a negar que a comida tenha sido preparada e guardada com  antecedência por causa do feriado da Proclamação da República. O diretor e a nutricionista repetiram que o hospital é rigoroso ao preparar a comida dos pacientes e funcionários.
Durante a coletiva, o secretário estadual de Comunicação, Leonildo Rosas, acusou os três repórteres de sabotagem. A secretária Suely Melo e o diretor executivo da Secretária de Saúde, Irailton Lima, disseram que os jornalistas que divulgaram a denúncia não são suspeitos de sabotagem.
- Estamos suspeitando que alguém pode ter feito uma manipulação de má fé e pode ter chamado a imprensa para constatar. Eu li no site AC 24 Horas e no blog do Altino, só. As matérias não foram tendenciosas em citar o governo. Não estou falando de vocês – afirmou Suely Melo.
A secretária disse que está tomando medidas administrativas para subsidiar a polícia na investigação.
- Foi um ato criminoso e nós não vamos admitir se alguém induziu isso ou se foi um fato que aconteceu dentro da cozinha. Não vamos admitir uma falha grave nesse sentido, nem do nosso sistema de atenção à saúde nem dos pacientes. Se houve manipulação ou denúncia mentirosa, nós vamos apurar e vamos tomar todas as medidas cabíveis
O secretário Emylson Farias também foi cauteloso e não acusou os três repórteres de sabotagem. Segundo ele, foi denunciado um fato que está sendo objeto de investigações e se alguém praticou alguma fraude, a investigação vai dizer.
- Foi feito perícia no local, material foi recolhido para que não quebre a cadeia de custódia, para ser submetido à perícia laboratorial no Instituto de Análise Forense da Polícia Civil. Acompanhantes de pacientes, nutricionistas e os servidores da cozinha, todos serão ouvidos e a verdade real será estabelecida. Instauramos inquérito pelo princípio da obrigatoriedade – explicou o secretário de Polícia Civil.
Os três repórteres se dispuseram colaborar com a polícia e vão fornecer fotos, áudios e vídeos registrados durante mais ou menos duas horas em que permaneceram no Hospital das Clínicas. Nenhum deles foi intimado, mas aceitaram prestar informações para ajudar a polícia a esclarecer o caso. Lenilda Cavalcante e Altino Machado serão ouvidos pelo delegado que cuida do caso no início desta noite.
Blog da Amazônia 

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