Nesta terça-feira (14), o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), procurador de Justiça Sammy Barbosa Lopes, reafirmou durante entrevista coletiva o posicionamento do Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC) diante da possibilidade de o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal ser beneficiado com o direito à prisão domiciliar.
Para o coordenador do Gaeco, não há justificativa para que o preso, condenado a mais de cem anos de cadeia por crimes que envolvem homicídio, sequestro, formação de quadrilha, narcotráfico e delitos eleitorais e financeiros, ganhe este benefício. “O Hildebrando não pode ter nada a mais ou a menos do que determina a lei. Não há como questionar o que está na lei”, explicou.
Na ocasião, Sammy Barbosa também negou que tenha denunciado a juíza da Vara de Execuções Penais Luana Campos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como foi noticiado. Na semana passada, a magistrada teria cogitado liberar o ex-deputado para cumprir pena em regime domiciliar devido a problemas de saúde e da impossibilidade do Estado garantir assistência ao preso. “Não há elementos para acusar nenhum magistrado no Acre. Nós comunicamos aos juízes do CNJ que, pelo conjunto de notícias que acompanhamos na imprensa, havia uma preocupação de que Hildebrando conseguisse o benefício antes do tempo. Hildebrando ainda será submetido à avaliação de uma junta médica”, informou.
O procurador lembrou ainda que o ex-coronel da Polícia Militar é um preso perigoso. Hildebrando ficou conhecido como o “homem da motossera” por utilizar o equipamento para torturar e esquartejar suas vítimas. No final do ano passado, ele teria escrito cartas com ameaça de extorsão a membros do Judiciário e do Ministério Público do Acre.
As informações são do MP/AC
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