O deputado Walter Prado (PEN) chamou na semana passada os anos de chumbo da ditadura militar de “revolução”, o mesmo nome dado pelos militares e apoiadores do regime ao Golpe de 64, quando foi instalada no país 20 anos de eliminação das liberdades individuais. Membro da base do governador Tião Viana na Aleac (Assembleia Legislativa do Acre), o delegado de polícia civil também foi deputado durante o regime pela Arena, o partido que dava sustentação aos generais.
Walter Prado recorreu aos tempos da ditadura ao falar sobre as denúncias de grampos no Acre. Rebatendo as denúncias da oposição de escutas sem controle realizadas pelo governo do PT para vigiar adversários políticos, o parlamentar do PEN declarou que estas práticas não aconteciam nem durante a “revolução”.
Em seu segundo mandato na Aleac após a “revolução de 1964”, Walter Prado deixou recentemente o PDT que se aliou ao PSDB. Para não desagradar o chefe Tião Viana, Prado usou a janela chamada Partido Ecológico Nacional (PEN) para se desfiliar do PDT sem risco de perder o mandato por infidelidade partidária. O mesmo caminho foi seguido pelo presidente da Aleac Elson Santiago, que deixou o PP e se tornou ecologista.
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