Todos os relatos dos passageiros apontam um verdadeiro sentimento de abandono
Diariamente cerca de 2000 pessoas, entram e saem do nosso estado, por motivos diversos turismo, estudos, negócios, tratamento médico, ente outros. Nosso estado é ligado ao resto do Brasil pela famosa BR 364, o único caminho terrestre. Todos os viajantes que precisam, por seus particulares motivos, se deslocar ao vizinho estado ou até mesmo embarcam em viagens mais longas, estão enfrentando um rotineiro problema na travessia da balsa sobre o rio Madeira. Todos os relatos dos passageiros apontam um verdadeiro sentimento de abandono. É visível a falta de estrutura na balsa, que se localiza na BR 364, a 280 quilômetros de Rio Branco (AC). Vários são os relatos de pessoas que sofrem com a demora na travessia, com a falta de um espaço para aguardarem a chegada da balsa, e principalmente a falta de segurança na hora da travessia.Todas as semanas o motorista Pedro Augusto da Silva, que há 22 anos trabalha como caminhoneiro e há dez transporta mercadoria ao Acre, conta em depoimento, um pouco das suas dificuldades. “Particularmente Isso que está acontecendo diariamente é um grande absurdo. E o pior é que as autoridades fingem que não estão vendo nada. É uma grande falta de respeito com todos que precisam, por seus motivos pessoais, atravessar o rio Madeira. Falando por mim, várias vezes já demorei mais tempo na fila da balsa, do que na própria viajem. Nós caminhoneiros trabalhamos diretamente com o tempo, quando temos que transportar qualquer carga para o Acre, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é o pesadelo da balsa”. Os relatos são assombrosos, uma verdadeira falta de respeito. Banheiros imundos, centenas de pessoas enfrentando chuva e sol, por conta da falta de um local apropriado para a espera da balsa. Com informações do jornal eletrônico Rondônia ao Vivo, a empresa que tem a licença para operar na travessia de veículos, a Rodonave Navegações está colocando mais uma balsa para tentar melhorar o tempo de travessia. Também está construindo um novo porto para ficar mais próximo do canal atualmente navegável. O valor cobrado para a travessia é motivo de revolta. Um caminhão modelo Bi-trem paga R$120,00. Um pedestre paga R$1,20. Para atravessar uma Kombi nos cerca de 800 metros do rio Madeira paga-se R$17,50, valor maior que muito pedágio do sul e sudeste. A situação é complexa e as autoridades devem, com urgência, tomar medidas que possam amenizar o problema, sob pena de que até o final da temporada de seca na região, a travessia para o Acre fique completamente comprometida. Luiza Pena, estudante de medicina que todos os meses precisa viajar até Rio Branco para encontrar sua família, conta que, “É crítica a situação em que temos que esperar por mais de 5 horas, para podermos continuar a viagem. Por muitas vezes esperamos em pé, pela falta de cadeiras. O prior é quando crianças e idosos também precisam enfrentar toda a demora. Esse monopólio tem que acabar. Acho que isso tudo é muito fácil de ser resolvido, nas minhas viagens Brasil a fora já me deparei com pontes sobre rios bem mais largos que o Madeira. Não entendo porque não constroem logo uma ponte, para acabar logo de vez com toda essa falta de respeito, não me sinto segura de forma nenhuma, nem um colete salva-vidas é oferecido pelos responsáveis da balsa, nem os próprios técnicos que trabalham na balsa usam materiais de segurança, tudo é feito na marra. O prior é que crianças e idosos sofrem com o mesmo tratamento”, comenta a estudante indignada com a falta de segurança e com a falta de respeito com os idosos.
FORTE;oriobranco.net
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