O Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está com a segurança reforçada para sediar o júri popular de cinco acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. O julgamento está marcado para começar nesta segunda-feira (19). Apenas pessoas credenciadas vão poder entrar no fórum e terão que passar pelo detector de metais. A previsão é que o julgamento dure pelo menos duas semanas.
Mais policiais vão garantir a ordem dentro e no entorno do fórum. “Quarenta a 50 militares diariamente empregados na segurança, tanto no Tribunal do Júri como acesso ao fórum”, disse o comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel José Antônio Silva.
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O goleiro Bruno é apontado pelo Ministério Público Estadual como o mandante do crime. O corpo da vítima nunca foi encontrado. O jogador, além de Marcos Aparecido dos Santos, ex-policial de apelido Bola, e Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, estão presos. Eles vão ser levados ao fórum em carros do sistema prisional. Depois de descer dos veículos na garagem, devem seguir direto para a carceragem do fórum, onde ficam até o início do julgamento. No salão do júri, os réus vão ficar de frente para a juíza Mariza Fabiane Lopes Rodrigues .
As acusadas Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher de Bruno, e Fernanda Castro, ex-namorada do jogador, também são rés no processo e aguardam o julgamento em liberdade. Os sete jurados ficam do lado esquerdo da magistrada.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, Macarrão e Jorge Luiz Lisboa Rosa – primo de Bruno – sequestraram Eliza e o filho dela no Rio de Janeiro e levaram os dois para o sítio de Bruno em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a ajuda de Fernanda. Foi o primo de Bruno quem contou isso à policia. Ele era adolescente na época e já cumpriu dois anos e um mês de medida socioeducativa. Atualmente, está em um programa de proteção.
“A Range Rover, que a vítima foi trazida do Rio de Janeiro na data de 5 de junho para a RMBH foi encontrado sangue da pessoa constatada com a mãe no menino Bruno Samudio. O processo tem provas nos autos de que Eliza Samudio está morta”, disse o promotor Henry Wagner.
O Ministério Público concluiu que depois de seis dias como refém, Eliza e o filho foram levados por Macarrão e o primo de Bruno à casa do ex-policial Bola, em Vespasiano, em 10 de junho de 2010. Lá, Eliza foi estrangulada por Bola, que sumiu com o corpo.
"Não se encontrou fio de cabelo, não se encontrou nada que pudesse presumir, pelo menos, ter ali, naquele palco, havido um homicídio", disse o advogado Rui Pimenta em entrevista ao Fantástico.
A criança foi encontrada 15 dias depois na casa de pessoas conhecidas de Dayanne. Para a promotoria, Eliza foi morta porque Bruno não queria reconhecer a paternidade do filho. Atualmente, o menino tem dois anos e nove meses e mora com a avó em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Outro primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, contou à policia que Eliza era refém no sítio e que ouviu o goleiro e Macarrão comentarem como Bola a matou. Sérgio foi assassinado em agosto deste ano com cinco tiros e, segundo a policia, o crime foi passional.
“Esta repercussão não é só nacional e internacional. O cara começou a ser famoso faz uma bobagem desta, uma estupidez desta. Isto aguça muito a curiosidade de todos nós. O resultado vamos ver o que que dá, disse o aposentado Alvimar Nunes.
Wemerson Marques de Souza, de apelido Coxinha e amigo de Bruno, e Elenílson Vitor da Silva, que era caseiro do sítio do jogador, também acusados de sequestro e cárcere privado do bebê de Eliza Samudio, ainda não tiveram o julgamento marcado.
O júri
Para o júri popular marcado para 19 de novembro, serão convocadas 25 pessoas que moram em Contagem, que são maiores de 18 anos e que não têm antecedentes criminais. Durante a seleção, cada advogado poderá recusar três pessoas, até que se chegue aos sete jurados que definirão o julgamento.
Para o júri popular marcado para 19 de novembro, serão convocadas 25 pessoas que moram em Contagem, que são maiores de 18 anos e que não têm antecedentes criminais. Durante a seleção, cada advogado poderá recusar três pessoas, até que se chegue aos sete jurados que definirão o julgamento.
Quando o júri começar, serão ouvidas 30 testemunhas de acusação e de defesa, além de três autoridades policiais. Somente depois, os réus começam a ser interrogados.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para a polícia, a ex-namorada do jogador foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para a polícia, a ex-namorada do jogador foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o garoto mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
Entenda as acusações
Em 19 de novembro, Bruno Fernandes e mais quatro réus serão julgados no Tribunal do Júri de Contagem. O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Em 19 de novembro, Bruno Fernandes e mais quatro réus serão julgados no Tribunal do Júri de Contagem. O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e o outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG).
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
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