segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

OPERAÇÃO DIÁSPORA: Políca Civil investiga seis contas correntes que pertenceriam à facção do PCC no Acre


FariasA Polícia Civil já iniciou rastreamento das seis contas bancárias dos integrantes do Primeiro Comando da Capital no Acre. As contas foram bloqueadas durante processo de investigação da Operação Diáspora, deflagrada na sexta-feira.
Fazer “o caminho inverso” da entrada do dinheiro e toda movimentação contábil (destino dos depósitos) é uma das prioridades na análise pericial da contabilidade do grupo criminoso.
O inquérito da Operação Diáspora tem dez dias para ser concluído, mas a análise contábil pode demorar um pouco mais. No entanto, as informações da perícia da contabilidade do crime podem ser anexadas em “autos complementares” do inquérito policial.
Uma parte da movimentação bancária era realizada pelo que os líderes conceituavam como “Geral da Rua”. O conceito de “Geral da Rua” define pessoas que eram recrutadas pelo PCC.
Muitas delas cumprem pena em regime aberto ou semi-aberto e faziam a articulação do que acontecia fora de presídio com as determinações das lideranças presas.As ordens de execução; orientações para assaltos; proteção de familiares tudo era feito pelos que eram “Geral da Rua”.
Outro conceito valioso para o PCC é o de “Geral de Gravata”. São os profissionais liberais, geralmente responsáveis pela segurança e conforto dos familiares dos integrantes do PCC presos. Advogados, profissionais da saúde, comerciantes. Todos que eram responsáveis pela manutenção dos familiares dos membros da “irmandade” são chamados de “Geral de Gravata”.
O “Geral do Sistema” era chamada a pessoa responsável pela articulação dos integrantes dentro das penitenciárias. “Geral do Estado” era o responsável pela articulação dos integrantes localizados em diferentes estados, em diferentes penitenciárias.
O “Tesoureiro” era o responsável pela arrecadação apelidada de “Cebola”, uma espécie de mensalidade entre os membros do comando. Os “Salves do PCC” são as orientações do comando. Os responsáveis pelos “salves” são os “Salveiros”.
Esses detalhes foram possíveis de ser detalhados por causa de um livro apreendido na sexta-feira que trazia, além dos detalhes a respeito da movimentação contábil do grupo, discriminava quem eram as pessoas e quais funções desempenhavam na hierarquia da facção criminosa.
Além disso, o livro traz detalhes também das “Matrículas”: informações sobre as pessoas arregimentadas pela facção PCC.
Depen faz a transferência
Ontem, saiu do Acre o grupo de seis integrantes do PCC com destino a outras penitenciárias. Por questão de segurança, a Polícia Civil não informa o horário da decolagem.
O transporte dos presos é feito com autorização do Ministério da Justiça e executado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). É um transporte específico, com avião adaptado para transporte de presos
FORTE.agazetadoacre

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