sábado, 6 de junho de 2015

Pois todos pecaram e destituídos da glória de Deus


 Romanos 3:23
O pecado é uma epidemia universal. Ninguém escapa deste mal. Qualquer que seja o lugar ou o clima no qual o ser humano habita, as suas faculdades intelectuais assim como o seu caráter particular: todos aqueles que respiram o sopro da vida foram atingidos por esse mal.
A queda de Adão inoculou nas veias de todo homem o veneno da morte. Cada pessoa que nasce neste planeta Terra é um herdeiro da morte. Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. Romanos 5:12.
Ainda que nas veias de um homem corra o sangue da nobreza, ou que tenha atraído os aplausos do mundo, o seu coração está sob a sentença da morte. O pecado é um mal que se alastra em sua ruína; é uma planta daninha que se estende por todo o jardim.
O pecado maculou todos os homens e tudo o que se acha no interior deles, isto porque, o pecado mergulhou na raiz de sua alma, e dirige suas fibras e ramos em todas as faculdades do espírito e do corpo.
Por que seríeis ainda castigados, que persistis na rebeldia? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã; há só feridas, contusões e chagas vivas; não foram espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo. Isaías 1:5-6.
Veja o que o pecado fez no interior do homem: O primeiro que cai doente é o coração, o qual fica mais duro do que a pedra e torna-se o foco dos mais torpes desejos.
A cabeça também se transforma, rende culto ao mundo como um senhor; considera o inferno como sendo uma fábula; o arrependimento é reservado para os últimos momentos da vida; ridiculariza a Palavra de Deus, acusando-a de páginas confusas, na qual se nutrem de ilusões os cérebros fanáticos e enfermos.
A inteligência se desgarra, chamando impossibilidade aquilo que Deus chama realidade. Os ouvidos não distinguem do Evangelho senão notas discordantes. O paladar não sente gosto algum para um alimento santo.
Os lábios, a boca, a garganta, a língua ficam cobertas de chagas purulentas e todas as palavras que saem da boca só podem fazer lavrar a sentença de morte. Como está escrito: Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; a sua boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Nos seus caminhos há destruição e miséria. Romanos 3:10-16.
O pecado é a reunião de todas as moléstias espirituais, formando uma massa compacta; não é um mal de pouca importância. Por isso, é de grande relevância nos perguntar: Podem os mortos obter vida por meio de rituais religiosos? As mãos levantadas, os joelhos dobrados e toda a santidade das coisas sagradas podem estancar a origem do mal? Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7:24.
Parece um quadro sombrio, mas é real, e a pergunta que deve ser feita não é: o que me livrará? Mas, quem me livrará do corpo desta morte? O mal é assim demonstrado, para também ficar demonstrado que há um único Salvador capaz de nos libertar do poder da morte.
Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também Ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão. Hebreus 2:14-15.
Vinde todos e ouçam as boas novas: O horizonte rutila os raios do Sol da Justiça que desponta, trazendo em Si mesmo o dom da vida. O Senhor nos atraiu com uma força irresistível. Ele nos atraiu para dentro do Seu corpo naquela Cruz.
O Salvador na Cruz atrai todos os homens a Si mesmo. E, o que crê, efetivamente torna-se coparticipante desta morte e também da ressurreição: Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Romanos 6:5

Ele nos lavou com Seu sangue, a condenação foi banida para sempre; morremos na Sua morte, fomos sepultados com Ele e juntamente com Ele ressurgimos para uma vida nova.
O homem foi feito senhor da criação, sobre todos os animais e sobre a natureza inanimada. Tudo era absolutamente perfeito e estava num estado de inteira harmonia e unidade. Tudo funcionava harmoniosamente.
A harmonia foi destruída pela sua queda. Quando o homem caiu, a terra foi amaldiçoada, e daí por diante a história da criação sempre foi de discórdias, guerras, derramamento de sangue, assassinatos, ciúmes, espinhos, cardos, problemas, enfermidades, pestilência...
A harmonia deixou de existir; a perfeição original desvaneceu-se e desapareceu. Essa é a situação do mundo, em consequência da queda do homem. Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem. Marcos 7:21--23.
O nosso Senhor Jesus veio a este mundo "pleno de graça e de verdade". E Nele somos elevados à posição de uma perfeita harmonia com o universo. A antiga harmonia original será restabelecida. A harmonia entre o homem e Deus, tudo sob Este bendito Senhor Jesus Cristo, que será o Cabeça de todos! Todas as coisas voltarão a estar unidas Nele.
Vinde! Junte-se a essa assembleia daqueles que cantam cheio de ardor: O Cordeiro prometido apareceu. A vítima escolhida antes do princípio dos tempos. É o Deus homem, Jesus, o Senhor de todas as coisas, o Príncipe da vida, Ele morreu, a fim de operar a expiação; veio dar a Sua vida, a fim de destruir o poder da morte.
O altar preparado é bastante forte para suportar esse fardo, porque as colunas em que Ele se firmou são a força da divindade. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53:4-5.
A nova vida não pode ser vivida triunfantemente antes que a velha vida acabe; é apenas pelo poder da morte de Cristo que a velha vida pode ser terminada. (Evan Hopkins)
O nosso Senhor Jesus Cristo cumpriu os desígnios do Pai; porque o decreto eterno assim o diz: A Cruz do nosso Senhor Jesus era uma realidade espiritual, antes mesmo do mundo ser mundo.
Fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra. Efésios 1:9-10Cristo é central, é essencial, e o que quer que se chame cristianismo e não vá repetindo o nome bendito, em última análise é uma negação do cristianismo. D.M. Lloyd-Jones.
Aquele que foi salvo torna-se habitação de Cristo. Cristo é a sua vida, e de Cristo ele vive. Nutre-se pela fé. Uma coisa é sabermos que temos vida em Cristo, e outra, muito diferente é ter comunhão com Ele, nutrindo-nos Dele pela fé e fazendo Dele o único alimento do nosso espírito. Aquele que se tornou habitação de Deus pode assim dizer: "Sou um santuário móvel".
O Cordeiro nos redimiu. Exaltemos: "Ao que está assentado sobre o trono", Venham guerras, venham pestes, seja solto o inferno "nada nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor".
O inferno foi vencido, a porta dos céus está aberta, e o nome desta porta se chama "louvor". Por que louvor? Porque tudo está feito, tudo está consumado. Nele temos plena vitória, vitória sobre o pecado, sobre a carne, sobre o diabo. Ele, Cristo, é a nossa saúde, alegria, paciência e bondade. Tudo que o Pai nos deu está em Seu Filho.
Só existe uma vida santa: a vida do Senhor Jesus, e apenas uma morte santa: a morte do Senhor Jesus. A morte de Cristo é o término da nossa velha vida. O que foi colocado sobre o Senhor Jesus?
Nossos pecados? Sim! E nós também. Nós mesmos fomos colocados sobre Cristo quando Ele morreu na cruz. É ali que a morte acontece. Ali a grande transação foi realizada, ali esta morte-perdão foi obtida, ali esta morte-libertação da nossa velha vida foi assegurada.
Nunca devemos esquecer que o Cristianismo não é um conjunto de opiniões, um sistema de dogmas ou um determinado número de pontos de vista. Não.
O Cristianismo é uma realidade viva por excelência, pois se trata de uma Pessoa, Cristo. É um relacionamento pessoal, prático, poderoso, o qual anuncia Cristo em todas as circunstâncias e cenas da vida diária, espalhando a sua influência santa e transmitindo as suas disposições celestiais a todas as relações às quais o cristão possa ser chamado por Deus a cumprir.
Essa relação pessoal com Deus em Cristo é expressa em termos de filiação. Deus é-nos apresentado como Pai. Os nascidos de novo são feitos filhos de Deus por meio de Seu Filho, o nosso Senhor Jesus Cristo.
Nele, isto é, em Cristo fomos redimidos a fim de que pudéssemos participar dessa filiação. A consciência dessa filiação é criada pelo Espírito Santo, que testifica em nossos corações que somos seus filhos.

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