Uma denuncia inusitada chegou ao conhecimento da reportagem de ac24horas na tarde de ontem (terça-feira, 3), se for considerada a atual situação financeira do Estado. Presos da Unidade Prisional de Senador Guiomard (Quinarí) te, mingau e até pão doce da panificadora Chalé do Trigo, a panificadora mais conceituada do Acre.
A denuncia foi confirmada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC), que está de posse de uma foto de uma requisição de 180 ceias, datada do dia 26 de novembro do corrente ano e que durante quatro dias esteve na unidade prisional e comprovou a denuncia.
De acordo com Adriano Marques, presidente do Sindap, os presos do presídio do Quinarí são os únicos do Estado que recebem esse tipo de benefício. Marques faz ainda o comparativo da ceia dos presidiários com o lanche servido nas escolas pública do Acre.
“Não sou contra os presos receberem ceia, muito menos que recebam comida de qualidade, mas porque os lanches servidos nas escolas públicas no Estado não são do mesmo nível? Outra coisa notada nessa denuncia é que na requisição constam apenas a quantidade de ceias e a unidade para onde devem ser entregues, faltam os valores unitários e o total da nota”, destacou Marques.
Adriano Marques questionou também o fornecimento de ceia apenas para a unidade de Senador Guiomard, que tem capacidade para 500 presos, mas atualmente abriga apenas 180. O sindicalista disse ainda que estará solicitando, por meio da assessoria jurídica do Sindap/AC, cópia do contrato firmado entre o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e a empresa Chalé do Trigo e conclui afirmando que o micro-ônibus e a ambulância da unidade estão parados por falta de manutenção.
“O micro-ônibus que estava sendo usado para transportar os agentes que moram em Rio Branco e trabalham naquela unidade, além da ambulância estão parados por falta de manutenção, se tem dinheiro para pagar ceias por que não tem para dar manutenção nas viaturas?”, finalizou.
Recentemente, foi denunciado por ac24horas a entrada de sanduiches e pizzas após as 22h para presos do “chapão” do presídio Francisco d’Oliveira Conde, onde o caso era de conhecimento da direção da unidade prisional, mas que permitia a entrada dos lanches com o intuito de “manter a paz” dentro do cárcere.
Na ocasião, o Iapen emitiu uma nota onde não negaram a entrada dos alimentos, apenas afirmaram que “o instituto dispõe de uma ouvidoria própria, responsável para receber denuncias, e que está aberto a investigar qualquer denuncia formalizada, além de dispor também de direção em cada unidade prisional. Informamos também que a direção do Iapen, em sua procura constante por melhorar a segurança, está apurando os fatos para providências cabíveis”, diz o trecho da nota.
Na tarde de ontem a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Iapen que pediu algumas horas para se pronunciar sobre as denuncias referendes a penitenciária de Senador Guiomard. Por e-mail, a assessoria esclareceu que a unidade do Quinarí difere das outras unidades por não permitir a entrada de alimentos que não sejam fornecidos pelo Poder Público, dai o contrato firmado com o Chalé do Trigo para o provimento das ceias (lanches).
Veja o que diz o Iapen
A Unidade Penitenciária do Quinari – UPQ, recebe diariamente a quantidade de 4 (quatro) alimentações, café da manhã, almoço, janta e ceia/lanche, por decisão de cunho administrativo, tendo em vista que nesta Unidade Penitenciária não é permitido a entrada de qualquer outro alimento por meio de familiares, o que difere das outras Unidades Penitenciárias.
Toda a alimentação fornecida é prescrita em Contrato com a Empresa de fornecimento.
Os valores e prescrições são fixos e definidos em Contrato, desta forma o Agente Penitenciário recebedor no ato da entrega, atesta somente a quantidade de cada refeição.estaria recebendo como ceia: iogurte[
FONTEac24horas.com
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