Os policiais da Delegacia Itinerante viajaram em batelão, canoa e em cavalo para alcanças a propriedade
A Polícia Civil do Acre começou a desmantelar uma quadrilha especializada em furto de gado na região do Yaco, zona rural de Sena Madureira. Seis suspeitos de envolvimento no crime foram identificados durante a investigação, realizada na comunidade Rio Branco da Capela, pela equipe do delegado Fabrizzio Sobreira.
Iniciadas em outubro passado, as investigações mostraram que cerca de 94 animais entre vacas e bois, além de GTA (Guia de Trânsito Animal) “esquentsadas” eram duas partes de uma engrenagem criminosa complexa que tinha atuação em pelo menos cinco outros crimes. Os policiais da Delegacia Itinerante viajaram em batelão, canoa e em cavalo para alcanças a propriedade, onde uma Manga Larga, furtado, foi recuperado.
Há poucos dias o governador Tião Viana recebeu, na Casa Civil, um grupo de produtores rurais do Acre unidos por uma única preocupação: o roubo de gado no Estado. Na oportunidade o governador anunciou um plano, no âmbito da Secretaria de Estado da Polícia Civil, contra essa modalidade de crime.
“Precisamos combater essa prática e não permitir que o elogiado e bem reconhecido gado acreano seja roubado e comercializado ilegalmente. Por isso, eu já autorizei um novo concurso para 13 delegados e 13 peritos, para que também seja possível ampliar a fiscalização”, disse Tião Viana.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Emylson Farias, nos últimos meses foram apreendidas 151 cabeças de gado roubadas e 12 prisões foram feitas só em Rio Branco, outros inquéritos em andamento podem resultar em novas prisões.
“Trabalhamos numa dinâmica de que a Transacrena vem sendo usada para abrigo de criminosos e para práticas de furto de gado. No decorrer dessa investigação, identificamos várias práticas de crimes ocorrendo na capital e no interior, tendo o gado como a fonte para a aferição de lucro”, destacou o chefe de polícia.
De acordo com o delegado Fabrizzio Sobreira, a nova etapa de apuração vai detalhar o crime contra a economia popular, que seria praticado através da venda, na maioria das vezes, da carne do animal já abatido para o comércio instalado na área urbana da capital e adjacência. “Agora, dentro de um mapeamento prévio que já temos, vamos identificar e intensificar fiscalização ao comércio local e a alguns indivíduos, que já temos indicativos, de aquisição desse gado sem origem, sem questões sanitárias documentadas. Serão todos investigados por nós”, declarou o delegado.
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