O Censo da Educação Básica do Brasil revelou um avanço do país na universalização do ensino e reafirmou a necessidade de melhorar a qualidade para manter os alunos na escola por um período maior de estudos.
A escola pública onde Kelly estuda, no Distrito Federal, é de período integral. São dez horas por dia de aulas e atividades extras. Que diferença para uma escola comum!
“Quando temos uma dúvida, o professor está sempre ao nosso redor, não importa o horário. Os alunos estão sempre ajudando o outro colega”, conta a estudante Kelly Cristina Vieira.
O Censo Escolar do MEC revela que mais de três milhões de alunos do Ensino Fundamental estão matriculados em escolas de período integral. Um aumento de 45% em relação a 2012.
A pesquisa mostra também o aumento do número de crianças nas creches: mais de 2,7 milhões. Avanço de 7,5% de um ano para o outro. Números como esses ajudam a compor um retrato da Educação Básica no Brasil.
São mais de 50 milhões de alunos, a grande maioria na rede pública. Houve pequena queda de matrículas em relação ao censo anterior, que o MEC analisa de forma positiva.
“Nós temos um melhor desempenho do aluno e uma menor retenção no sistema. Então, o estudante que eventualmente ficava retido no 3º ano, no 5º ano, no 6º ano e no 1º ano do Ensino Médio passa a ter uma menor retenção. Os estudantes estão cursando na idade certa”, declara o ministro da Educação, Henrique Paim.
Segundo o MEC, dois gargalos na educação brasileira precisam ser corrigidos. Muitos alunos abandonam a escola na passagem do Ensino Fundamental para o Médio ou antes de concluir o Ensino Médio, e não terminam a formação básica. O MEC reconhece que é preciso aumentar e melhorar o investimento nessas faixas.
Para a especialista Carmenísia Jacobina, diretora da Faculdade de Educação da Unb, o censo mostra que a educação está evoluindo, mas ainda há muitos desafios. “A Educação Básica tem níveis grandes de acesso, mas não está garantindo a permanência com qualidade”, avalia ela.
FONTE.G1
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