quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Maior exploração de madeira da história de Mâncio Lima tem aval do governo do Acre

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Aproximadamente mais de mil toras de madeira estão às margens do Ramal dos Caetanos, no município de Mâncio Lima. Moradores que residem próximo ao local dizem nunca terem visto uma exploração de madeira tão grande como essa.

Os rastros de destruição estão por toda parte. Pequenos produtores são aliciados a venderem uma árvore ao preço de 15,00. Mesmo assim a maioria deles diz que ter dificuldades em receber o pagamento. Os proprietários das terras reclamam que com a retirada de uma tora de madeira da mata, as máquinas destroem boa parte da floresta, sacrificando outras espécies de árvores.

As estradas estão intrafegáveis, pois as máquinas estão transportando as toras pesadas justamente no período chuvoso da região, o chamado Inverno Amazônico. Por essas estradas passam todos os dias: pecuaristas, produtores de farinha, estudantes e pequenos criadores que se veem incomodados com a situação da estrada e a presença das máquinas pesadas. Quando uma ponte quebra ou um trecho da estrada fica intrafegável mais de quinhentas famílias ficam prejudicadas.
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O incomodo aos produtores já perdura por vários meses. A ponte da Agrovila foi destruída logo com a chegada das máquinas na região. A ponte não suportou o peso de uma carreta que estava a serviço do governo do Acre.

A informação é de que as toras de madeira seriam para o pólo moveleiro de Cruzeiro do Sul, mas os próprios moradores desconfiam que essas madeiras são para exportação, e que tem alguém lucrando muito com tudo isso. Ao longo dos ramais é comum ver uma imensidão de toras de madeira na beira das estradas.
Por diversas vezes os moradores já fecharam a estrada, e chegaram a tomar as chaves das carretas. A estrada só foi liberada depois que os responsáveis pela exploração da madeira prometeram que iriam recuperar todas as pontes e trechos de estrada danificada.

O responsável pela extração de madeira disse que tem contrato de quatro anos para exploração madeireira e transporte pelos ramais, e os locais que forem prejudicados pelo tráfego das carretas serão recuperados.

A presidente da Associação do Ramal do Havaí, Maria José Melo, disse que a empresa não está cumprindo o acordo de arrumar a estrada.

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Por Josemir Melo

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