quinta-feira, 6 de junho de 2013

Operação G-7: leia e ouça sobre polêmica que envolve desembargador, senador e PF



Muitas mentiras nas últimas horas a respeito da tumultuada sessão extraordinária desta quarta-feira (5), no Tribunal de Justiça do Acre, quando desembargadores declararam impedimento para julgar recursos da defesa dos réus presos pela Polícia Federal durante a Operação G-7.

O blog publica trecho do áudio da sessão em que o desembargador Pedro Ranzi se declara perseguido pela Polícia Federal e a desembargadora Denise Bonfim faz leitura de "informação reservada", de autoria do superintendente da Polícia Federal no Acre, Marcelo Sálvio Rezende Vieira. Além disso, o blog reproduz o documento e uma nota assinada pelo senador Jorge Viana.

Tirem suas conclusões.



Clique nas imagens do documento para visualizá-las ampliadas 




Nota divulgada pelo senador Jorge Viana (PT-AC)

"Sobre o irresponsável e mentiroso relatório do Delegado Maurício Moscardi, apresentado na sessão do Tribunal de Justiça do Acre de ontem, e sobre o suposto encontro que tive com o Desembargador Pedro Ranzi no voo de Brasília para Rio Branco, devo dizer que fiquei estarrecido ao saber que a Polícia Federal monitorou a viagem que fiz de Brasília ao Acre no dia 17 de maio e que transformou em relatório um encontro casual que tive com o Desembargador Pedro Ranzi e sua esposa no ônibus que transportava os passageiros do terminal ao avião.

Além das ilações premeditadas e irresponsavelmente apresentadas, é gravíssimo também o relato mentiroso de que em determinado momento do voo, o Desembargador se dirigiu ao lugar em que eu estava e se sentou por 10 minutos ao meu lado. Devo informar que em nenhum momento tratei com o Desembargador sobre ações vinculadas a este processo e que, nem nesse dia e nem em qualquer outro até hoje, mantive qualquer contato com o Desembargador Pedro Ranzi, seja por telefone ou pessoalmente.

Não é crime cumprimentar ou conversar com pessoas neste país. É crime investigar pessoas sem motivação. É crime fazer suposição sobre tudo e todos. Uma instituição tão importante e séria como a Polícia Federal não pode conviver com ações como essa. Não tenho dúvida de que ações feitas por membros da Polícia Federal do Acre estão à margem da Constituição e das leis. E isso não é de hoje! A própria Operação G7 está cheia de ilegalidades e atinge pessoas inocentes. Estou pedindo explicações e providências às autoridades competentes, com a urgência que o assunto requer, e tomarei as medidas necessárias para me defender dessa ação criminosa praticada por quem deveria ser exemplo no cumprimento das leis.

Jorge Viana
Vice-Presidente do Senado Federal"
FONTE.ALTINO MACHADO

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