Wanglézio Braga
Uma parceria entre o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho no Acre, vai proporcionar hoje, 28, um ato público em alusão ao o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O Seminário vai ocorrer na no Auditório do Sesc Bosque a partir das 8h30mim. A entrada é franca.
A data é uma homenagem ao assassinato dos auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, no ano de 2004, quando apuravam denúncia de trabalho escravo na zona rural de Unaí (MG).
“O trabalho escravo ainda existe, porém, na prática é diferente. Não é mais via compra de pessoas, mas pelo trabalho degradante, falta de condições básicas para exercer a profissão ou ainda quando o empregado não recebe o seu salário”, disse o Superintendente Regional do Trabalho no Acre, Thaumaturgo Lima.
No Acre, houveram algumas fiscalizações realizadas por uma equipe de Brasília. Segundo Thaumaturgo Lima, as equipes receberam denúncias de trabalhos degradantes, questões de infraestrutura de trabalho e até de alojamento. “O Acre em relação aos outros estados está muito na frente das outras unidades da federação. E a intenção dos empresários acreanos é melhorar as condições dos seus trabalhadores.
Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima-se que ainda existem pelo menos 27 milhões de escravos e escravas em todo o mundo. A escravidão contemporânea, porém, atinge homens, mulheres e crianças de todas as cores, e tem sido praticada tanto no campo quanto na cidade. A característica comum é o trabalho forçado e a qualquer tempo, em condições indignas ao ser humano, normalmente controlado mediante fraude ou ameaça e violência à integridade física, à liberdade e/ou à vida.
No Brasil, desde que o governo deu o importante passo de admitir a vergonhosa existência da escravidão nos dias atuais e passou a combatê-la com mais intensidade a partir de 2003, mais de 40 mil trabalhadores foram retirados de condições análogas à de escravidão. Segundo dados do Ministério Público do Trabalho, em 2014, foram instaurados 155 inquéritos para investigar a prática. Destacam-se empresas ligadas às atividades de construção civil, indústria têxtil e produção rural.
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