sexta-feira, 6 de junho de 2014

Bebê passa por cirurgia de retirada de tumor no pulmão no útero da mãe

Neném recupera-se na UTI do Hospital Materno Infantil. Com apenas 11 dias de vida, o estado de Ana Heloysa continua grave, mas é estável
Edileuza Pereira dos Santos se apega à fé para acreditar na recuperação da filha: 'Ela está muito melhor' (Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Ana Heloysa faz 11 dias hoje. A menina de cabelos pretos, nascida com 49cm e 2.650kg, luta pela vida na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Materno Infantil (Hmib), na Asa Sul. Ela se recupera de uma cirurgia inédita na rede de saúde do Distrito Federal: a retirada de um tumor benigno do pulmão esquerdo, feita quando ela ainda estava no útero da mãe. O procedimento foi um sucesso e a escolha do método, uma alternativa para reduzir ao máximo os riscos à vida de Ana Heloysa. Segundo os médicos, o estado de saúde dela é grave, porém estável.

O sentimento da mãe ainda é de apreensão. Com apenas 26 anos, a empregada doméstica Edileuza Pereira dos Santos enfrenta sozinha a recuperação de uma cesariana, a incerteza sobre o futuro da caçula e a saudade dos outros dois filhos — Luís Rodrigo, 10, e Danilo, 7 —, que ficaram em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, onde a família mora. O marido de Edileuza não pôde largar o emprego em uma fazenda para acompanhá-la no Distrito Federal. E os pais dela ficaram tomando conta dos netos.


Ana Heloysa respira com a ajuda de aparelhos e se alimenta por sonda, com o leite da mãe: luta pela vida (Carlos Vieira/CB/D.A Press)

A situação da menina é tão delicada que a vontade de ver o rostinho, conhecer os traços do nariz e da boca, identificar semelhanças físicas com um ou com outro ficou em segundo plano. “Logo depois da cirurgia, ela teve uma hemorragia. Quando eu a vi pela primeira vez, ela estava tão pálida. Me senti muito mal”, conta Edileuza. Só depois de um tempo, ela começou a reconhecer na filha as características que apareciam nas ecografias. “Nas imagens, ela tinha bochechinha grande. E ela realmente é bem bochechudinha”, comenta.

Desde o sexto mês de gestação, Edileuza sabia que a filha tinha um problema de saúde e precisaria passar por cirurgia imediatamente após o parto. Os médicos da Bahia diagnosticaram hérnia diafragmática, uma patologia em que parte do intestino sobe para o tórax. Ao chegar ao Hmib, uma semana antes do parto, os profissionais descobriram que, na verdade, o pulmão esquerdo da menina estava praticamente tomado por um tumor. 

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FONTE.correiobraziliense

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