sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Bombeiros da Força Nacional chegam a RO para atuar na cheia histórica

Chegam a Porto Velho, no fim da noite desta sexta-feira (21), 30 bombeiros da Força Nacional, enviados pelo governo federal, para prestar assistência às mais de 1,3 mil famílias que precisaram ser retiradas de suas casas, em Porto Velho e em mais 14 distritos, por conta da maior cheia do Rio Madeira. Deste total, 958 famílias estão desalojadas e 378 desabrigadas. A cheia já é considerada histórica, e o nível do rio continua subindo. Nesta sexta a marca passou dos 18 metros, segundo a Defesa Civil.
Os 30 homens deverão percorrer todos os distritos do Baixo Madeira, distribuindo duas mil cestas básicas enviadas pelo governo federal à Defesa Civil Estadual, com o objetivo de prestar socorro às vítimas da maior enchente dos últimos 50 anos. O Corpo de Bombeiros de Rondônia informou que a equipe da Força Nacional não deve trazer nenhum tipo de equipamento, já que o intuito é prestar apoio humano e dar assistência em resgate de vítimas e distribuição de donativos.
BR-425, que dá acesso a Guajará-Mirim, está totalmente coberta pela água do Rio Araras, afluente do Rio Madeira (Foto: Maríndia Moura/TV Rondônia)
Nenhum tipo de automóvel consegue chegar à balsa sobre o Rio Madeira em Abunã, distrito que fica distante cerca de 220 quilômetros de Porto Velho, desde a noite de quinta-feira (20). A BR-364 está interditada inclusive para carretas que fazem o transporte de gêneros alimentícios, gás de cozinha e combustíveis desde Porto Velho até o Acre.
Duas das três empresas de ônibus interestaduais que fazem o trajeto Porto Velho-Rio Branco (distância de 500 quilômetros), suspenderam a emissão de passagens atendendo a orientações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), devido aos riscos de trafégo na rodovia.
Usina do Rio Madeira deve desligar turbinas
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ordenou que Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio, construída no Rio Madeira, em Porto Velho, desligue 11 das 24 turbinas em atividade. A medida é procedimento padrão de segurança amparada pelo Plano de Prevenção de Controle de Cheia, segundo o ONS, permitindo que a água passe pelos vertedouros da usina sem gerar energia. Procurada pelo G1, a usina não se pronunciou sobre o caso.
FONTE.G1.RO

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